Cultura

religião e a adolescência

A religião e a adolescência

Fui criada católica. Fui batizada. Fiz primeira comunhão. E essa foi (toda) minha história com a igreja. Mas tenho fé. Faço uma rezinha quando a angústia aumenta. Acendo uma vela e converso com um santo quando preciso falar e não tem ninguém de carne e osso para me ouvir. Chamo por meu Deus quando bate o medo, o desespero, a desesperança. Faço o sinal da cruz ao passar em frente das paróquias do bairro. Ah, batizei meus filhos. Fui até aí. Não casei na igreja, não vou à missa e, perdoe-me, Pai, não consigo achar legal carregar uma vida de culpas para, adiante, encontrar os braços do Senhor. Acredito que a vida precisa ser mais leve. Isto posto, achei que meu papel em levar a religião até meus filhos estivesse encerrado e quem quisesse ir além devesse se manifestar.

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