Nas últimas semanas, mais um aplicativo inadequado para crianças se viu envolvido em uma polêmica. Após inúmeras críticas e mensagens de pânico em grupos de Whattsapp, muitos pais foram apresentados ao sul-coreano SimSimi, que já existe desde 2002.
Indicado para maiores de 16 anos, o brinquedinho com carinha fofa atraiu crianças e pré-adolescentes no Brasil. E, mesmo pedindo data de nascimento para o usuário, funciona perfeitamente para nascidos depois de 2002, ou seja, menores de 16 anos.
SimSimi utiliza chatbot, um tipo de bate-papo feito com uma simpática máquina. Tudo parece uma brincadeira, onde o usuário faz perguntas para testar o quanto SimSimi o conhece. O aplicativo, que usa inteligência artificial para responder às perguntas, simula uma conversa entre a criança e o personagem virtual.
Todas as respostas são dadas automaticamente, com um conteúdo gerado a partir de conversas com os próprios usuários. Isto é o que alimenta a base de dados. Pelo visto, os brasileiros se divertem ensinando palavrões e expressões pesadas. E, parece que o algoritmo de inteligência artificial do aplicativo não sabe lidar e conter o conteúdo sexual e violento.
O resultado? Crianças recebendo respostas inadequadas, pesadas e assustadoras, com ameaças de assassinatos e sequestros. Além de muita conversa sobre sexo e drogas.
Na última semana, quem tentou baixar o aplicativo no smartphone não conseguiu. Por algumas horas, ele foi suspenso no Brasil. No entanto, segue disponível no site oficial da SimSimi.
Hoje, muita gente com quem eu conversei conseguiu baixar o aplicativo normalmente. Ou seja, ele ainda está por aí. E nossos filhos podem ter acesso.
Mais uma vez, fique por perto. Saiba o que seu filho está vendo. Conheça os aplicativos instalados nos eletrônico da sua casa. Converse e explique porque muitos joguinhos são inadequados e problemáticos. E, não se deixe enganar por um desenho fofo, infantil e divertido. De divertido, muitos não têm nada.
Hoje, foi a vez do SimSimi. Mas já tivemos também Sarahah e Yellow nos últimos meses. O que ainda vem por aí?