Vivo às turras com minhas filhas para afastá-las do celular ou, ao menos, reduzir o tempo em que passam grudadas no aparelho. Perco a maioria das batalhas, embora tenha ótimos argumentos e respaldo científico. O fascínio que o Instagram e YouTube tem sobre elas é imbatível. Mas eu não desisto. Limito o número de horas, proibido o uso durante as refeições, não permito dormir com o aparelho no quarto e coloco o bloqueio automático em alguns aplicativos após um certo tempo. Ainda assim, reconheço que elas driblam as regras e perdem muito tempo e energia com bobagens. O resultado disso são adolescentes cansadas, irritadas e entediadas. Sim, profundamente entediadas. Como mãe, minha obrigação é estabelecer regras e restringir tempo no celular. Chato. Muito chato. Mas sigo na chatice com a certeza de estar fazendo a coisa certa. (E antes que alguém diga que estou demonizando o celular, quero deixar claro que tenho as mesmas restrições para meu filho de 9 anos e seu PlayStation.)