Você conhece o Juul? Os adolescentes sim…

Parece um pendrive, mas não é. Este dispositivo da foto é o mais novo brinquedinho dos adolescentes americanos. Conheça o Juul, responsável por mais de 30% do mercado de cigarros eletrônicos. Como tudo que é moda lá atravessa fronteiras mais rapidamente que luz, achei por bem pesquisar do que se trata. E, descobri o seguinte:

  1.  Juul é o produto mais popular no mercado americano do cigarro eletrônico e em nada se parece com um cigarro. Juul tem o design de um pendrive e pode ser recarregado em uma saída USB, do laptop.
  2. Cada nova carga dura cerca de 200 tragadas e contém a mesma quantidade de nicotina presente em um maço de cigarros.
  3.  Juul contém menos substâncias tóxicas que os cigarros tradicionais, mas ainda assim produz químicos que podem causar câncer.
  4. Ainda não se sabe os danos que os cigarros eletrônicos podem provocar. Porém, eles contêm nicotina, uma das substâncias que mais causam dependência. Ou seja, na brincadeira, podem levar seus usuários ao vício.
  5. Juul não produz cinza, não tem cheiro, não faz sujeira. Passa batido facilmente. Além disso, ele produz bem menos fumaça do que os outros cigarros eletrônicos, o que o torna ainda mais discreto.
  6. O público-alvo são jovens entre 18 e 24 anos e são eles a maioria dos usuários. Mas adolescentes e crianças já estão entrando na onda com força. Nos Estados Unidos, onde o controle é mais rigoroso, os adolescentes estão conseguindo passar despercebidos com o Juul.
  7. Embora o produto tenha sido criado por dois ex-fumantes como uma alternativa ao cigarro tradicional, o Juul, assim como outros cigarros eletrônicos, está atraindo jovens e adolescentes não–fumantes por ser fácil de esconder dos pais. E, também por ser eletrônico, o que torna a brincadeira mais divertida. Muitos cigarros eletrônicos também são usados como uma ferramenta para ajudar parar de fumar, uma vez que é possível controlar a quantidade de nicotina usada. Mas este é um verdadeiro tiro no pé, principalmente para quem nunca fumou. É o passo para o vício.

Para ler mais sobre cigarros eletrônicos, clique aqui.

Atualização:

O CDC (Centers for Disease Control and Prevention), órgão americano que trabalha na proteção e segurança da saúde pública, comunicou no dia 19 de agosto de 2019 que está investigando uma condição pulmonar séria associada ao uso dos cigarros eletrônicos. Grande parte dos pacientes são adolescentes e jovens adultos, que formam o maior grupo consumidor dessa brincadeira.

Ainda não se sabe o que causa a doença misteriosa. Seria a inalação em si, a nicotina, doses de THC (princípio ativo da planta da maconha) ou aromatizantes adicionais? Os sintomas, no entanto, são conhecidos e desagradáveis: falta de ar, fadiga, dor no peito, tosse.

O uso de cigarros eletrônicos, ou vaping em inglês, teve inicialmente o propósito de fazer fumantes fumar menos. Mas, logo virou moda entre os adolescentes, para quem o consumo é proibido. Aí, o perigo aumenta. Ao comprar algo ilegal, quem garante a procedência do produto e o que os vendedores comercializam? Pesquisas já mostraram a relação dos cigarros eletrônicos com doenças vasculares e até convulsões.

Atualizado em 20/08/2019. 

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Mineira de Belo Horizonte, jornalista, mãe de duas meninas de 12 e 15 e um menino de 9 anos. Criadora e editora do blog Vida de Menina.

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